Consumo de combustível é uma dor de cabeça frequente para os gestores de frotas, não é mesmo?
Segundo estudo publicado no Portal PMKB (Project Management Knowledge Base) o consumo de combustível representa 35% dos custos variáveis de uma frota. A Petrobras diz que esse número pode chegar até a 44%. Esses valores com certeza justificam a dor de cabeça.
Nesse cenário, os gestores estão constantemente diante do desafio de controlar e reduzir o consumo de combustível da sua frota, a fim de aumentar a lucratividade das suas rotas e tornar a sua empresa mais competitiva. Entretanto, como fazer isso? Quais ações, você gestor, pode tomar?
Para reduzir o consumo de combustível da sua frota o primeiro passo é entender o que está causando esse consumo acima do planejado. Porém, para entender a causa do problema é preciso ter transparência e para ter transparência é preciso ter dados e informação. Vamos aqui mostrar para você como obter esses dados e identificar a partir dele onde mora o seu problema e qual a causa do seu elevado consumo.
Adianto para vocês que um dos principais fatores que impacta o consumo de combustível da sua frota é o modo de condução do motorista e aqui vamos mostrar por quê.
No post de hoje vamos falar de como o modo de condução do motorista impacta no seu consumo de combustível e daremos algumas dicas básicas que podem ser facilmente implementadas na sua empresa para que você consiga melhorar a eficiência da frota.
IDENTIFICANDO O PROBLEMA DE CONSUMO DE COMBUSTÍVEL
Primeiramente, para identificar que está ocorrendo um problema com o consumo de combustível da sua frota é preciso medir e ter dados de abastecimento. É necessário que você gestor faça um acompanhamento dos abastecimentos e custos.
Com o registro de dados como quantidade abastecida, valor gasto, data, odômetro do veículo e motorista responsável, você poderá identificar a autonomia daquele veículo e a performance do motorista.
Bem, uma vez registrado que o veículo deveria apresentar uma autonomia de 3,5 km/L, mas a sua autonomia foi de apenas 2,5 km/L, você vai perceber que houve um problema. Você irá perceber que a sua viagem foi menos rentável e o seu custo de combustível está acima do valor planejado. Nesse momento você vai se perguntar o porquê disso ter acontecido, já que você planejou tão bem a viagem.
Por que a autonomia do veículo está abaixo do planejado?
A resposta, muitas vezes, está no modo de condução do motorista.
COMO O MODO DE CONDUÇÃO DO MOTORISTA AFETA O CONSUMO DE COMBUSTÍVEL
De acordo com a montadora Renault que lançou o serviço de controle do modo de condução chamado Driving Eco², melhorias no modo de condução do motorista podem resultar em até 20% de redução do consumo de combustível. Outros testes realizados mostram que motoristas diferentes, realizando a mesma rota e com o mesmo veículo tiveram até 30% de diferença no consumo de combustível.
Apresento agora alguns dados que justificam esse impacto do modo de condução do motorista no consumo de combustível:
- De acordo com o guia do TRC a velocidade ideal para um caminhão está entre 80 km/h e 88km/h, sendo que cada 1 km/h acima dessa velocidade aumenta em 1% o consumo de combustível. Ou seja, a 100 km/h o seu veículo estará consumindo 12% a mais de combustível do que o correto;
- A Petrobras diz que no caso de veículos leves o consumo de combustível pode ser 30% maior em um trecho quando ele é percorrido em alta velocidade;
- Um caminhão parado com motor ligado consome cerca de 2 litros de combustível por hora.
- Uso do veículo no RPM adequado pode reduzir até 20% o consumo;
- Acelerações e frenagens bruscas frequentes podem aumentar em até 40% o consumo de combustível.
Vemos então que o modo de condução do motorista tem um grande impacto nos custos com combustível da sua frota. E por isso, entender como os motoristas estão dirigindo, treiná-los e educá-los é fundamental para uma melhoria da eficiência e redução de custos.
Outros dados, além do consumo de combustível também colaboram para essa visão. Você terá benefícios como aumento de segurança na operação e também redução dos custos de manutenção. Como? Segundo um estudo conduzido pelo Ministério dos Transportes, Portos e Aviação (atual Ministério da Infraestrutura), por exemplo, mais de 50% dos acidentes são causados por imprudência dos motoristas. Além disso, 90% dos acidentes de trânsito são motivados por falhas humanas, conforme análise do Observatório Nacional de Segurança Viária.
Além disso, ainda de acordo com o Guia TRC, por exemplo, aumentar a velocidade de uma viagem de 88 km/h para 96 km/h aumenta em 38% os custos com manutenção. Além disso, um aumento de 27% na velocidade (para 112 km/h) aumenta em 100%, ou seja, dobra, o desgaste da banda de rodagem dos pneus.
Mas agora, que você já sabe os impactos do modo de condução do motorista nos seus custos operacionais, o que fazer para reduzi-los? É preciso implementar uma cultura de condução econômica.
O QUE É CONDUÇÃO ECONÔMICA
De acordo com a Scania a condução econômica “é o ato de conduzir o veículo da maneira mais eficiente de acordo com o trajeto a ser executado”. Ou seja, a condução econômica consiste na correta utilização dos mecanismos do veículo, direção, aceleração, frenagem e transmissão para lidar com as situações que surgem ao longo da rota como subidas, descidas, curvas, retas, paradas e arrancadas.
Desta forma, você é capaz de otimizar a eficiência energética do veículo, reduzindo o consumo de combustível, desgaste mecânico e aumentando a segurança durante a rota.
PLANO DE AÇÃO: IMPLEMENTAR UMA CULTURA DE DIREÇÃO ECONÔMICA COM TODOS OS MOTORISTAS DA EMPRESA.
A tecnologia é a grande aliada do gestor de frotas para analisar esse tipo de situação.
Como saber de fato se o seu caminhão está mais econômico se você não faz um controle dos custos de combustível e autonomia dos veículos?
Assim, o primeiro passo a ser dado é: controle os custos de combustível da sua frota. Saiba quanto você gasta por mês com cada veículo e qual a sua autonomia média.
A partir disso, você terá um parâmetro de referência para saber se as ações que você tomou estão de fato deixando os seus caminhões mais econômicos e se você está economizando combustível.
Não importa se você fará o controle utilizando uma planilha do excel, cartão de abastecimento, um sistema de controle de custos de combustível ou de gestão de frotas. O importante é que você faça esse controle e tenha esses indicadores em mãos para avaliação!
O segundo passo é: controle o modo de condução do seu motorista. Depois de treinar a sua equipe, passar para ela as técnicas de direção econômica, melhores práticas e dicas, é preciso que você assegure que tudo está sendo devidamente aplicado.
Caso contrário, você irá ensinar os seus motoristas a dirigir para economizar combustível, a deixar o caminhão mais econômico e algumas semanas depois eles terão retornado a todos os hábitos e vícios antigos.
Para esse segundo passo o importante é você utilizar um sistema de telemetria veicular e que, idealmente, esteja associado a um ranking dos motoristas.
O sistema de telemetria veicular irá captar dados de RPM, velocidade, aceleração, frenagem, curva, paradas com motor ligado e muitos outros dados e a partir disso elaborar relatórios de modo de condução do motorista, apontando as infrações cometidas e ranqueando os melhores motoristas para que você possa premiá-los e treinar novamente aqueles que apresentarem necessidade.
Essa é uma excelente forma de colocar em prática a cultura da direção econômica na empresa, os dados da telemetria veicular estão te oferecer transparência e permitir uma avaliação do modo de condução do motorista baseada em fatos e dados. Assim, a sua avaliação de desempenho será justa, precisa e efetiva.
TECNOLOGIA DE RASTREAMENTO E TELEMETRIA INFLEET
O uso da telemetria veicular, como você pode ver no artigo, traz uma série de benefícios operacionais. A tecnologia da Infleet em gestão de frotas permite a você ter o total controle e transparência na gestão de frotas da sua empresa, tanto do ponto de vista operacional quanto de custos, contribuindo para uma tomada rápida de decisões.
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