A utilização de dispositivos para localização veicular é de extrema importância para as empresas que possuem frota, seja para segurança ou melhoria do controle e produtividade das operações. Nesse contexto, surgiram os rastreadores veiculares baseados em radiofrequência e no Sistema de Posicionamento Global – GPS ou Global Positioning System.
Mas quais tecnologias estão disponíveis no mercado? E qual a melhor para a minha operação?
Como funciona um rastreador veicular?
Precisamos entender o funcionamento de um localizador para escolher a melhor tecnologia para nosso negócio. Os rastreadores são estruturados em três níveis tecnológicos: módulo de localização via GPS ou Radiofrequência, processador e módulo de comunicação. Em ambos os módulos de localização, é utilizada a triangulação de sinais – sendo o GPS para aplicações externas por ser via satélite enquanto a Radiofrequência utiliza antenas receptoras e são recomendadas para lugares fechados e cobertos.
A tecnologia de comunicação mais usada para a localização é a rede GSM ou Global System for Mobile Communications, utilizada nos nossos telefones celulares. Essa tecnologia exige cobertura de internet fornecida pelas operadoras de telefonia e um custo mensal de pacote de dados para a sustentação do sistema. Tal custo depende da quantidade de informações enviadas pelo rastreador – com ou sem telemetria – e a frequência do envio para a internet.
E quais são as tecnologias alternativas de comunicação?
A utilização da tecnologia GSM pode ser impactada em locais remotos pelas chamadas “regiões de sombra”, quando não há cobertura de internet. Dessa maneira, é necessário procurar novos sistemas de comunicação que podem ser satelitais ou outras bandas de transmissão de dados.
1. Tecnologia Satelital de comunicação
A comunicação satelital é essencial para operações com carga de alto valor e regiões de sombra.
O dispositivo se comunica com o satélite e retorna informações, normalmente, a cada 5 ou 10 minutos. A comunicação só não é estabelecida quando há muitas nuvens no local, o que dificulta a comunicação com o satélite
2. Tecnologia Sigfox de comunicação
Sigfox é uma rede de comunicação global criada por uma empresa francesa de mesmo nome focada em ampliar a conectividade de dispositivos através da transmissão de pequenos pacotes de dados, 12 bytes. Para ter uma comparação, uma foto enviada no WhatsApp tem em média 3.000.000 de bytes!
O funcionamento da rede é muito similar a rede de telefonia celular, onde antenas são instaladas pelo mundo para oferecer conectividade, criando uma grande rede onde os dispositivos ficam continuamente conectados e transmitindo dados de tamanho muito menor do que os transmitidos via rede telefônica.
A redução do tamanho da informação transmitida traz uma série de benefícios no cenário de rastreamento veicular:
- Redução do custo de transmissão de dados;
- Menor consumo de bateria e maior vida útil do dispositivo;
- Maior resistência a interferência de sinal resultando em maior segurança;
Hoje no Brasil a tecnologia Sigfox já tem cobertura para mais da metade da população e ainda pode ser combinada com outras formas de comunicação como 2G, 3G e Wi fi para aumentar a disponibilidade de sinal e reduzir regiões de sombra.
3. Tecnologia LoRa de comunicação
LoRa (Long Range) é uma tecnologia de transmissão de dados de longo alcance que vem sendo amplamente aplicada no mercado de rastreamento devido a seu maior potencial de cobertura de sinal. Como isso é possível?
A rede LoRa se baseia tanto em antenas fixas, como de telefonia, e antenas móveis e com isso consegue aumentar a área de cobertura de sinal, operando mesmo em regiões onde não há sinal de telefone ou internet.
Assim como a rede Sigfox, são transmitidos pequenos pacotes de informações que permitem uma maior economia de energia do dispositivo, maior alcance, maior resistência a interferência do sinal e menor custo de transmissão de dados.
Há ainda uma grande vantagem devido as antenas móveis: o grande crescimento da área de cobertura e a região de sombra extremamente inferior.
Atualmente, mais de 80 cidades brasileiras já tem cobertura LoRa, o que representa cerca de 55% do PIB do país.